Alexandre Galgani faz parte da classe SH2, que é para atiradores que precisam de um suporte para segurar a arma, e conquistou sua vaga na Paralimpíada de Tóquio ao terminar com a medalha de prata na etapa da Copa do Mundo nos Emirados Árabes, em 2019.
Em conversa com a reportagem do Olimpíada Todo Dia, Alexandre Galgani conversou um pouco sobre as metas, desafios, adversários e o que espera da sua segunda participação paralímpica.
Mais pronto para o desafio
Daqui a um ano, as disputas do tiro esportivo acontecerão no Japão. A Paralimpíada de 2021 será a segunda da carreira de Alexandre Galgani e o paratleta é direto ao fazer uma comparação sobre o que aconteceu durante o ciclo.
“Eu estou mais pronto, estou com uma bagagem maior. A minha forma de preparação foi diferente, consegui formar uma equipe multidisciplinar com a ajuda do Bolsa Atleta, governo de São Paulo, Corinthians, da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) e me preparei muito melhor”.
Apesar do adiamento dos Jogos Paralímpicos ter sido bom, levando em consideração que grande parte dos paratetlas sofrem com comorbidades e fazem parte do grupo de risco, Alexandre Galgani ficou um pouco frustrado por conta disso.
“Eu estava no meu melhor momento. Fiz o meu ciclo todo pensando em chegar em 2020 na ‘pontas dos cascos’. Entendo o adiamento, mas olhando para a minha preparação não foi tão bom. Paciência, era preciso. Agora eu e minha equipe estamos realinhando as coisas para chegar em 2021 igual.”
Três vezes entre os oito melhores
A vaga conquistada por Alexandre Galgani deu ao brasileiro a possibilidade de participar das três provas da class SH2. Segundo o paratleta, como ele tem índice paralímpico para as três provas da categoria, a vaga conquistada através da Copa do Mundo garantiu a participação tripla em Tóquio.
“Eu conquistei a vaga na prova R5 (Carabina de ar 10m deitado), mas tenho índice para as três provas da minha classe. Com isso, eu estou apto para participar das três, pretendo participar de cada uma delas e tenho como meta é ficar entre os oito melhores em todas as três, me classificar para a final e subir no pódio em uma, pelo menos”
Na chasse SH2, que é a de Galgani, a Paralimpíada de Tóquio terá três provas. São elas a carabina ar de pé 10 m, carabina ar deitado 10 m, e carabina .22 deitado 50 m. Olhando para as provas, Alexandre sabe por onde passa o caminho pódio.
“Das três que eu vou participar, eu gosto mais da 50 m. É meio que gosto, porque o meu desempenho muda pouco muda pouco nas três. A questão dessa prova é que ela conta com a influência de fatores externos. Por exemplo, o vento, por conta da distância, mas me vejo conseguindo chegar na pódio através dela”.
Diferente do que acontece no tiro esportivo olímpico, Alexandre Galgani não vê adversários para o pódio pelos nomes e sim pelos países. “No tiro paralímpico a alternância entre os primeiros colocados nas provas é constante. Por isso eu não consigo dar nomes dos favoritos para o pódio, mas sei que Itália, Ucrânia, Nova Zelândia e Sérvia vão brigar”.